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CONTAINER
CONTEINER
CONTAINER E A SUA HISTÓRIA
SAIBA TUDO SOBRE A ORIGEM DOS CONTAINERS.
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Por séculos, o transporte marítimo de mercadorias era feito de forma manual e despadronizada. Os produtos, como barris, sacos, caixas e fardos, eram carregados individualmente nos navios, peça por peça. Esse processo, conhecido como carga a granel, era extremamente ineficiente:
- Demora: A carga e descarga de um navio podia levar dias ou até semanas, pois cada item precisava ser manuseado manualmente.
- Mão de obra intensiva: Exigia um grande número de estivadores, o que aumentava os custos e os riscos de acidentes e roubos.
- Avarias e perdas: O constante manuseio da carga aumentava a probabilidade de danos, extravios e furtos.
- Espaço ineficiente: A falta de padronização dificultava a organização e o empilhamento da carga nos porões dos navios, resultando em desperdício de espaço.
- Transferências complexas: A cada mudança de modal de transporte (de caminhão para navio, de navio para trem, etc.), toda a carga precisava ser descarregada e recarregada.

O surgimento da ideia do container
A necessidade de uma solução para esses problemas levou ao desenvolvimento do contêiner ou container como utilizamos no Brasil. Embora a ideia de transportar cargas em caixas padronizadas não fosse totalmente nova (os militares americanos já haviam usado algo semelhante na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coreia, como as “caixas conex”), a grande inovação veio de um empresário americano visionário: Malcom McLean.
McLean, que era proprietário de uma empresa de caminhões na década de 1930, passava mais tempo esperando para descarregar seus veículos nos portos do que na estrada. Ele percebeu que o sistema de transporte de mercadorias era ineficiente e imaginou uma forma de simplificá-lo. Sua ideia era criar uma caixa de metal que pudesse ser facilmente transferida entre caminhões, trens e navios, sem a necessidade de descarregar o conteúdo a cada transbordo.
Em 1954, McLean patenteou sua ideia. Em 1955, ele vendeu sua empresa de caminhões e investiu todo o dinheiro na construção do primeiro navio porta-contêineres do mundo.

A revolução do container
Em 26 de abril de 1956, o navio Ideal X, um petroleiro adaptado, partiu de Newark, Nova Jersey, carregando 58 contêineres. Essa foi a primeira viagem comercial de um navio porta-contêineres, marcando o início de uma nova era para o transporte de cargas.
A padronização foi um passo crucial para o sucesso do container. Em 1968, a ISO (Organização Internacional de Normalização) definiu as dimensões e classificações dos contêineres, estabelecendo os tamanhos mais comuns de 20 e 40 pés, que são utilizados até hoje. Essa padronização global permitiu que os contêineres fossem facilmente movimentados em qualquer porto do mundo, independentemente do navio, trem ou caminhão.
Impacto global do container
A invenção do contêiner marítimo gerou uma verdadeira revolução no comércio global, com impactos profundos e duradouros:
- Eficiência e economia: Reduziu drasticamente o tempo de carga e descarga, os custos de mão de obra e os custos de transporte por unidade de mercadoria.
- Globalização: Tornou o comércio internacional muito mais acessível e viável para empresas de todos os portes, impulsionando a globalização e o desenvolvimento de cadeias de suprimentos complexas.
- Segurança: Aumentou a segurança das mercadorias, protegendo-as contra danos e roubos, uma vez que os contêineres são selados.
- Padronização: A adoção de um padrão universal de contêineres permitiu a integração de diferentes modais de transporte (navio, trem, caminhão), facilitando o fluxo contínuo de mercadorias.
- Desenvolvimento portuário: Exigiu e impulsionou o desenvolvimento de portos modernos, com guindastes e infraestrutura especializada para movimentar os contêineres.
- Sustentabilidade: A utilização eficiente do espaço e a redução de viagens contribuíram para uma menor emissão de gases poluentes.
Graças ao contêiner, hoje mais de 90% do comércio internacional é transportado por via marítima, e a visão de Malcom McLean continua a ser um dos pilares da economia global.
